Coronavírus: Minas registra mais de mil novos casos pelo 2º dia consecutivo
Balanço mais recente da Secretaria de Estado de Saúde mostra 13.034 casos confirmados do novo coronavírus no estado mineiro.
Minas Gerais registrou nesta quinta-feira, 4, pelo segundo dia consecutivo, mais de mil casos de covid-19, conforme balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde. As 17 mortes em 24 horas bateu recorde desde o início da pandemia. O balanço mais atual mostra 13.034 casos confirmados da doença no estado mineiro, 1.024 a mais que os 12.010 registrados na quarta-feira, 3.
O recorde em relação ao número de casos no Estado já havia sido apontado no dia anterior. Na comparação com os números de terça-feira, o Estado teve 1.071 casos a mais da doença, passando de 10.939 para 12.010 diagnósticos confirmados, resultado puxado não por Belo Horizonte, mas por Uberlândia, no interior — a segunda cidade em número de habitantes em Minas Gerais, localizada no Triângulo Mineiro. Entre os dois dias também foram computadas 17 mortes em todo o Estado.
Uberlândia, com população de aproximadamente 700 mil habitantes, ou pouco mais de três vezes menor que a Capital, registrou nesta quarta-feira, 4, 130 casos de covid-19, passando de 880 para 1.010, ante 117 em Belo Horizonte, que teve o total de registros até agora alterado de 1.861 para 1.978.
No balanço mais recente, os números entre as duas cidades, apesar da diferença no número de habitantes, voltou a ficar próximo, mas com Belo Horizonte à frente. Uberlândia registrou 82 novos casos, contra 111 da capital mineira. Com o aumento, a prefeitura da cidade do interior, que havia iniciado a volta das atividades econômicas em abril, recuou e restringiu, a partir desta quinta, o funcionamento do comércio na cidade.
Com as medidas, lojas, bares e restaurantes estão proibidos de funcionar aos fins de semana. “Pedi muito, solicitei ao nosso povo ajuda. Entendo a impaciência do povo, mas sou obrigado a tomar essa medida e, se for necessário, tomarei outras medidas”, afirmou o prefeito da cidade, Odelmo Leão (PP). Ao longo da semana, o horário de abertura do comércio passou a ser das 10h às 18h. Na cidade, 24 pessoas já morreram de covid-19.
Em Belo Horizonte, uma nova reunião do comitê de médicos da prefeitura previsto para esta quinta-feira — com anúncio de decisão previsto para esta sexta — deverá definir se será implementada nova etapa no processo de reabertura do comércio da cidade. Na segunda-feira, 24, o município autorizou a volta de shoppings populares, salões de beleza, livrarias e lojas de colchões, por exemplo, em horários distintos, para evitar aglomeração. O número de mortes pelo novo coronavírus na cidade é de 55.
A segunda fase de reabertura estava prevista para a última segunda, 31, mas não ocorreu porque foi identificado aumento no índice de possibilidade de contágio entre a população e aumento nos níveis de utilização de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Pressionado pelo setor de comércio, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) foi às redes sociais ontem e fez a seguinte postagem: “Atenção, população de Belo Horizonte: não se iludam com boataria. Ainda não sabemos o que vamos abrir — ou mesmo se vamos abrir. Resolveremos na sexta-feira. Cuidado com fake news”.
Balanço
O número de mortes por covid-19 em Minas Gerais chegou, na quarta-feira, 3, a 323, conforme o boletim da Secretaria de Estado de Saúde. Além dos registros de casos em Uberlândia, os dados sobre as infecções apontam para avanço da doença em outras cidades do interior. Indicam, ainda, que isso vem ocorrendo há mais tempo.
Ao fim da semana epidemiológica 22, encerrada em 30 de maio, Betim, na Grande Belo Horizonte, apresentava 101 casos da doença, ante 55 no encerramento da semana epidemiológica anterior, terminada em 23 de maio. Também na Grande Belo Horizonte, Contagem registra movimento semelhante no período, passando de 133 para 218 casos da doença. Os registros em Barbacena, no Campo das Vertentes, também impressionam. Os diagnósticos do novo coronavírus no município passaram de 38 para 263 ao fim das duas semanas epidemiológicas.
Por: Leonardo Augusto
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