Estudos na UFMG avalia uso de insetos na alimentação
Segundo a pesquisadora os animais podem substituir alimentos mais sustentáveis.
Um estudo realizado por uma professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em colaboração com uma docente do Instituto Politécnico de Viseu, em Portugal, avaliou a possibilidade de introduzir insetos comestíveis na dieta alimentar da população.
A professora Vanessa Ferreira, responsável pela pesquisa, disse que esses animais podem substituir alimentos mais sustentáveis, mas antes é preciso superar algumas barreiras culturais.
De acordo com a professora, os dados coletados serão reunidos para tratamento e produção de material para divulgação em periódicos científicos, congressos, entre outras publicações e eventos.
“Em algumas culturas orientais, o consumo de insetos é um hábito, enquanto no Ocidente gera estranhamento e aversão”, lembra Vanessa Ferreira.
A professora explica que os insetos têm sido identificados como alternativa mais sustentável, quando comparados a outras fontes de proteína animal.
“Comer insetos pode contribuir para aliviar as pressões sobre o planeta e os ecossistemas”, argumenta a docente, acrescentando que as qualidades organolépticas e o valor nutricional do alimento são comprovados cientificamente e reconhecidos por especialistas em gastronomia. No entanto, em algumas culturas, os insetos ou produtos à base de insetos não são aceitos, devido a algum grau de fobia alimentar.
Pesquisadores utilizam farinha de barata para produzir os alimentos. Foto: Brasil Ciência/Divulgação.
Para a professora Vanessa Alves, é relevante conhecer as atitudes de consumidores em diferentes países e identidades socioculturais.
“A ideia é desenvolver um instrumento de coleta de dados adequado aos objetivos do projeto. O questionário será traduzido para as línguas dos países participantes e aplicado para a coleta de dados. Esperamos que o projeto nos possibilite entender melhor a percepção dos consumidores sobre o tema,” finalizou.
Fontes de pesquisas: Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da UFMG; Agência Brasil.
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