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Infestação de Caramujos Africanos Preocupa Moradores do Bairro Gameleiras, em Ibiá

Os caramujos africanos têm uma alta capacidade reprodutiva, chegando a colocar até 400 ovos, o que dificulta significativamente a sua eliminação.



Moradores do bairro Gameleiras, em Ibiá, no Alto Paranaíba, estão enfrentando uma preocupante infestação de caramujos africanos. Essa espécie invasora, que se reproduz facilmente e pode transmitir doenças, tem causado transtornos na comunidade, afetando a qualidade de vida dos residentes. A infestação teve início há cerca de quatro anos e desde então, os moradores têm lutado para encontrar soluções eficazes para lidar com o problema.


De acordo com relatos na comunidade, diversas tentativas de controle foram feitas, incluindo o uso de sal, enxofre, cal e dedetização, porém, sem sucesso em resolver a questão.


A suspeita é que a infestação tenha ocorrido devido à chegada dos caramujos africanos no bairro através de água contaminada, lixo, caixas de papelão ou até mesmo por meio de pessoas que estiveram em locais com a presença desses animais.


Falando do Animal


O Achatina fulica, nome científico do caramujo africano, é uma espécie de origem africana que foi introduzida ilegalmente no Brasil na década de 1980, durante uma feira agropecuária no estado do Paraná. A falta de predadores naturais, aliada à resistência e à excelente capacidade de procriação desse animal, permitiu que se adaptasse a diversos ambientes, sendo encontrado atualmente em 23 estados brasileiros. Essa disseminação o tornou uma praga que invade e destrói hortas e jardins.


Dicas Importantes


Os caramujos africanos têm uma alta capacidade reprodutiva, chegando a colocar até 400 ovos, o que dificulta significativamente a sua eliminação. As orientações para lidar com essa infestação incluem o uso de sal para matá-los, seguido pelo enterro em uma vala com cal virgem no fundo. Outras opções são o uso de água fervente para matar os caramujos recolhidos ou a incineração, desde que realizadas com segurança. Além disso, é importante quebrar as conchas para evitar a formação de focos de mosquitos, como o Aedes aegypti, vetor do vírus da dengue.


Doenças Causadas pelo Caramujo


Além dos transtornos causados pela infestação em si, os caramujos africanos também representam um risco à saúde pública, podendo transmitir doenças como a angiostrongilose abdominal e a angiostrongilíase meningoencefálica. A ingestão do parasita, seja pelo manuseio dos caramujos ou de alimentos contaminados por seu muco, pode resultar em sintomas graves, incluindo perfuração intestinal e, em casos mais graves, até mesmo a ocorrência de sintomas fatais.


Sem Registros de Doenças no Brasil


Felizmente, até o momento, não foram registrados casos de transmissão dessas doenças pelo caramujo-africano no Brasil. No entanto, é crucial que a população esteja ciente dos riscos associados à presença desses animais e adote medidas preventivas, como o uso de luvas ou sacolas plásticas ao manipular os caramujos, a cocção adequada da carne desses animais, e a desinfecção de itens alimentares que possam ter tido contato com o muco dos caramujos.

 

A infestação de caramujos africanos no bairro Gameleiras, em Ibiá, é um problema que demanda atenção e ação imediata por parte das autoridades e da comunidade local, a fim de mitigar os impactos negativos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública.

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