Janeiro é o pior mês em número de casos da Covid-19 em Ibiá
Faltando nove dias para o fim de mês, número de novos casos já é mais que o dobro de dezembro.
Os 22 primeiros dias do mês de janeiro fez deste período o pior da pandemia em Ibiá. Até o momento foram 417 contaminações contabilizadas desde o dia 1º, mais que o dobro de casos contabilizados nos 31 dias do mês de dezembro, que fechou com 201 contaminações. Àquela altura, a proliferação do vírus apresentava exorbitante tendência de alta, uma vez que o número de novas contaminações no mês teve uma alta de 502% em relação ao mês de novembro, que registrou 40 infecções.
Foi em janeiro que o município estabeleceu o recorde de casos em 24 horas, chegando a registrar 46 contaminações em um único dia. Somente no primeiro mês de 2021 foram registrados na cidade 3 óbitos em decorrência da covid-19, estabelecendo outro recorde.
Na tarde de ontem (22), a prefeitura divulgou números da evolução de casos do coronavírus na cidade. Foram registrados 23 novos casos da doença, chegando a um total de 918 contaminações desde o início da pandemia. Destes 918 casos confirmados, foram registrados 779 recuperações e 10 óbitos. No momento 129 pessoas estão com o vírus ativo no corpo, sendo que 115 delas estão cumprindo isolamento domiciliar, 9 estão internadas em enfermaria clínica e 5 recebem tratamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Os números de notificações continuam aumentando em ritmo acelerado. Somente em janeiro foram feitas 829 notificações onde 50,3% tiveram a confirmação de infecção.
Vacinação em Ibiá
A vacinação contra a covid-19 teve início em Ibiá na útlima quinta-feira (21). O médico clínico geral, Guillermo Hugo Vega Tapia, foi escolhido a ser o primeiro a ser imunizado. No mesmo dia aconteceu a imunização dos idosos que vivem no Lar Vicentino, onde 21 internos foram contaminados e três morreram. Segundo a instituição, 20 dos 30 residentes atuais foram vacinados por terem comorbidades.
O município de Ibiá recebeu do governo do estado 77 doses da vacina CoronaVac, o que não agradou a população. O município pretendia vacinar todos os profissionais de saúde e os idosos, mas as vacinas enviadas foram insuficientes para atender o planejamento da Secretaria de Saúde. Mesmo assim, a vacinação ocorrida em Ibiá foi considerada um sucesso.
Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais a qual nos enviou uma nota esclarecendo sobre a distribuição das vacinas no estado.
Confira a seguir a nota, na íntegra, enviada pela SES/MG.
“A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) esclarece que recebeu do Ministério da Saúde 577.480 doses da vacina da Coronavac, o que, abatida a reserva técnica, equivale a cerca de 248 mil pessoas - 2 doses para cada.
As doses foram distribuídas aos 853 municípios mineiros conforme critérios do Programa Nacional de Imunização (PNl), coordenação competente dentro do Ministério da Saúde, a quem é atribuída a definição dos grupos prioritários.
A quantidade de doses para cada município foi feita de acordo com os dados alimentados pelos gestores municipais, nos sistemas de informações federais. São eles: Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), Cadastro Nacional da Assistência Social (CadSUAS) e o Departamento de Saúde Indígena – Desai.
De forma planejada, foi mantido na Central Estadual da Rede de Frio, em Belo Horizonte, um contingente técnico de reserva para suprir possíveis divergências desses sistemas oficiais.
Neste sentido, hoje, foi aberto um fluxo de informação junto aos municípios, para que possam atualizar os dados em caso de divergências.
A SES-MG ressalta que segue as orientações do Plano Nacional de Imunização e que espera que os entraves para o envio, pelo Ministério da Saúde, de novas remessas de vacina sejam superados de forma rápida para que o Estado possa receber novo carregamento, essencial no combate à pandemia”.
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