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Prefeitos avaliam impugnar edital da concessão da BR-262 por falta de duplicação Integral

Atualizado: 15 de ago.

O projeto prevê a duplicação de apenas 44 quilômetros da rodovia, entre Nova Serrana e Bom Despacho, deixando de fora trechos considerados críticos por autoridades locais.

Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo (PSD) lidera o grupo de gestores públicos insatisfeitos com edital da rodovia. Imagem: Lílian Veronezi /Prefeitura de Uberaba.

UBERABA/MG - Publicado em 23 de junho pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o edital de concessão da BR-262, que abrange um trecho de 439 quilômetros entre Uberaba e Betim, não agradou a todos os municípios afetados. O projeto prevê a duplicação de apenas 44 quilômetros da rodovia, entre Nova Serrana e Bom Despacho, deixando de fora trechos considerados críticos por autoridades locais.


A prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, expressou sua insatisfação com o edital. Segundo ela, a cidade é um importante ponto de escoamento de produtos e a duplicação da rodovia seria fundamental para aumentar a eficiência logística.


"Participamos de todas as audiências com a ANTT discutindo a duplicação da BR-262, especialmente no trecho entre Uberaba e Araxá, onde o fluxo de veículos pesados é intenso", destacou Araújo.

A prefeita enfatizou a necessidade da duplicação de todo o trecho de Uberaba a Nova Serrana e afirmou que a atual proposta é insuficiente para atender as demandas da região.


Ela também mencionou a dificuldade enfrentada pelos motoristas, que podem levar até duas horas para percorrer cerca de 100 quilômetros em trechos não duplicados.


Além de Uberaba, outras cidades, como Araxá e Campo Florido, também estão considerando a possibilidade de impugnar o edital. A Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande, da qual essas cidades fazem parte, está envolvida nas discussões sobre a questão.

Por outro lado, a ANTT justificou a decisão dizendo que estudos de viabilidade indicaram que a duplicação completa da rodovia não é necessária. Em nota, a agência explicou que a duplicação proposta de 44,3 quilômetros entre os quilômetros 446,5 e 490,8 foi baseada em análises técnicas.


A ANTT também mencionou que a inclusão de obras de duplicação em toda a extensão da rodovia aumentaria significativamente o custo da concessão, o que resultaria em tarifas mais elevadas, contrárias ao desejo de tarifas mais acessíveis para a sociedade.


Até a próxima semana, uma decisão deverá será definida. As autoridades não descartaram a possibilidade de recorrer à Justiça se a situação não for resolvida.


A divergência entre as expectativas dos municípios e as justificativas da ANTT continua a ser um ponto de tensão no processo de concessão da BR-262.




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