Resultados prévios apontam infecção disseminada como causa da morte de menina em São João del-Rei
Exames realizados não indicaram que a causa do falecimento de Kamilla de Melo Silveira, de 10 anos, tenha sido provocada pela bactéria Streptococcus.
Após a trágica morte da pequena Kamilla de Melo Silveira, de 10 anos, em São João del-Rei, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou novas informações nesta terça-feira (31). Contrariando as suspeitas iniciais de que a bactéria Streptococcus seria a responsável pelo óbito, a SES-MG confirmou que a causa da morte foi, na verdade, uma infecção disseminada.
De acordo com a SES-MG, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (Cievs-Minas) está aguardando a conclusão dos demais exames laboratoriais para finalizar as investigações epidemiológicas. Os exames foram realizados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, após o falecimento de Kamila, no último dia 23, na Santa Casa de São João del-Rei.
A Funed ainda não recebeu amostras de outras crianças com suspeita de contaminação pela bactéria, incluindo uma menina de 3 anos, que veio a óbito, e outra criança, cuja idade não foi revelada, internada na Santa Casa de São João del-Rei. O estado de saúde dessa última é considerado estável, conforme atualização desta terça-feira (31). Um menino de 8 anos, transferido para o Hospital Belo Horizonte, também está sob suspeita de contaminação pela bactéria.
Além do caso de Kamilla, um menino de 10 anos também faleceu na Santa Casa de São João del-Rei. Apesar da unidade de saúde ter mencionado que a morte foi causada por infecção por Streptococcus pyogenes, não houve confirmação laboratorial até o momento. O único caso confirmado até agora é o de uma menina de 9 anos, que ficou internada por 16 dias e recebeu alta.
A SES-MG ressalta que a investigação epidemiológica realizada até o momento sugere que os pacientes evoluíram para óbito devido a uma infecção disseminada (sepse), que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. Com base nos resultados disponíveis, ainda não foi possível identificar o micro-organismo responsável por cada um dos óbitos, nem afirmar que todos eles foram causados pelo mesmo agente infeccioso.
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