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Salário de pilotos comerciais no Brasil: carreira promissora, mas exige alto investimento

Profissionais experientes em grandes companhias podem ganhar mais de R$ 50 mil mensais; iniciantes relatam desafios para entrar no mercado.


Imagem criada digitalmente via IA
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Atrás do uniforme impecável e da autoridade no cockpit, os pilotos comerciais brasileiros enfrentam uma jornada de altos investimentos e longas horas de voo antes de alcançarem salários atrativos. No Brasil, a remuneração varia conforme a experiência, o tipo de aeronave e a empresa contratante. Enquanto comandantes em grandes companhias podem ultrapassar R$ 50 mil mensais, copilotos iniciantes começam com remunerações bem mais modestas, entre R$ 8 mil e R$ 15 mil.


A realidade dos salários

 

  • Iniciantes: R$ 8 mil a R$ 15 mil (copilotos em companhias regionais)

  • Experientes: R$ 20 mil a R$ 40 mil (comandantes em voos domésticos)

  • Topo de carreira: Acima de R$ 50 mil (pilotos sênior em rotas internacionais)


"Quando comecei, há sete anos, ganhava R$ 6 mil líquidos em uma empresa regional. Só depois de quatro anos e muitas horas de voo consegui uma vaga em uma grande companhia", relata Felipe Martins, 32 anos, copiloto em uma das principais aéreas do Brasil.

Além do salário fixo, muitos profissionais recebem benefícios como auxílio alimentação, plano de saúde, bônus por produtividade e passagens aéreas gratuitas para familiares.


O caminho até o cockpit


Para ingressar na profissão, é necessário obter a licença da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), incluindo o curso de Piloto de Linha Aérea (ATPL), que pode custar mais de R$ 100 mil. Muitos precisam de empréstimos ou apoio familiar. Além disso, acumular horas de voo é essencial para progredir na carreira.


"Fiz meu curso financiado e só consegui quitar tudo depois de cinco anos trabalhando. No início, você voa muito para ganhar pouco, mas é o preço para crescer", diz Ana Beatriz Souza, 29 anos, que atua como copilota em voos cargueiros.

Imagem criada digitalmente via IA
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Mercado em recuperação pós-pandemia


O setor aéreo, que sofreu forte impacto durante a pandemia de Covid-19, vem retomando aos poucos suas operações. Com a reabertura de rotas internacionais e o aumento da demanda por viagens, a expectativa é de maior absorção de mão de obra nos próximos anos.


"Estamos contratando, mas o critério é rigoroso. Priorizamos horas de voo e experiência em aeronaves específicas", comenta um recrutador de uma grande empresa aérea do Brasil, sob condição de anonimato.

Apesar dos altos salários para profissionais consolidados, a carreira exige atualização constante e disponibilidade para rotas extensas. Mesmo assim, para muitos, o prazer de estar no comando de uma aeronave compensa todos os desafios.


Para os que persistem, a recompensa vem. "Hoje, como comandante em uma wide-body, tenho qualidade de vida e salário que compensam todos os sacrifícios", afirma Carlos Ribeiro, 45 anos, com 20 anos de carreira.

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