Vereadores de Ibiá pedem destituição de presidente da Câmara Municipal
Vereador é suspeito de realizar ligação clandestina de energia elétrica em sua residência.
Prédio da Câmara Municipal de Ibiá. Foto: Heloísa G. Silva.
Os vereadores Rondomar dos Reis (DEM), Sargento Siliomar (PSL) e Adriano Fontes (PSD), entraram com um pedido, junto à Câmara Municipal de Ibiá, de destituição do presidente da Casa, Fernando Arthur Silva (PTB). A solicitação foi feita na tarde desta quinta-feira e foi motivada depois que o parlamentar se tornou suspeito de desviar consumo de energia elétrica em sua residência. O caso foi denunciado pela Cemig e está sendo investigando pela Polícia Civil de Minas Gerais. O caso envolvendo o nome do vereador aconteceu na última segunda-feira (4), quando a Cemig emitiu uma Ordem de Serviço para que fosse realizada uma inspeção no padrão de energia da residência do vereador, após averiguar que o consumo de energia nos últimos 12 meses estava bem abaixo em relação ao período anterior. Ao realizar o trabalho, o funcionário da empresa constatou que havia cabos de energia da residência, ligados diretamente à rede principal da empresa, sem passar pelo medidor. A polícia foi acionada e lavrou um Boletim de Ocorrência. No momento da ocorrência o vereador não foi encontrado para prestar esclarecimentos. Segundo a PM o advogado do vereador informou que ele estava viajando.
O procedimento, muito conhecido como "gato", segundo a legislação brasileira, pode ser caracterizado como crime de furto ou de estelionato, dependendo do método que for aplicado. Caso seja condenado, além das penalidades previstas na justiça, o vereador poderá ter seu mandato extinto e seus direitos políticos suspensos. O caso ganhou repercussão nas principais mídias de notícias da região e dividiu opiniões entre os moradores. O vereador chegou a manifestar sobre a situação em suas redes sociais, dizendo que é vítima de perseguição política. Nossa equipe tentou falar com ele, mas não obteve resposta.
O pedido de destituição do cargo de presidente exercido pelo vereador será avaliado pelo Conselho de Ética da Câmara e se for aprovado será encaminhado ao plenário para votação.
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